Preço do milho volta a ser atrativo

Os indicadores do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) referentes às médias dos preços do milho registraram nesta quarta-feira (25.07) altas de 0,74% nas médias das cotações da B3 e de 1,53% nos preços médios em Campinas. A especulação com milho na B3 é o dobro da mesma especulação no mercado físico. 

De acordo com o analista Luiz Fernando Pacheco, da T&F Consultoria Agroeconômica, isso pode sinalizar que, finalmente, os compradores “podem ter se dado conta de que, realmente, faltará milho e que os preços atuais podem ser atrativos a médio e longo prazo, embora esta não seja uma afirmação definitiva”. 

“O certo é que todas as notícias desta semana falam de mais quebra ou deterioração do milho safrinha em praticamente todos os estados produtores e de uma forte retração dos vendedores. Por isso, alguns compradores estão aceitando os preços de venda pedidos, acreditando que, no futuro, eles serão baratos”, explica.

Além disso, outro fator de alta está começando a despontar fortemente no mercado é a provável alta dos preços de exportação. “Puxadas pela alta das cotações do trigo em Chicago, diante dos anúncios de quebra nas safras da Europa e do Mar Negro, grande parte das quais concorrem com o milho no mercado de rações, as cotações do milho também subiram em Chicago e no mercado internacional. Isto poderá provocar nova onda de demanda do milho brasileiro para exportação e, consequentemente, reduzir as disponibilidades internas, elevando ainda mais os preços do milho no mercado doméstico”, conclui.

Agrolink