Preço do milho segue sob pressão

Os indicadores médios pesquisados pelo Cepea nesta terça-feira (25.09) caíram muito abaixo do nível “psicológico (e muito desejado) de R$ 40,00: ficaram em R$39,54/saca no mercado futuro da B3 e em R$ 38,74, no mercado físico de Campinas, estabelecendo um novo patamar de movimentação”, aponta a T&F Consultoria Agroeconômica.

Segundo o analista Luiz Fernando Pacheco, o início do plantio do milho de verão da safra 2018/19 sem intercorrências no Sul do Brasil e os níveis dos estoques dos compradores continuam mantendo os preços do cereal “sob pressão no mercado doméstico”. Na última sexta-feira, a consultoria AgRural informou que o cultivo de milho no Centro-Sul do País chegou a 24% da área prevista, acima dos 19% de um ano atrás e dos 19% da média de cinco anos.

“Mas vendedores não demonstram preocupação até agora. A maioria está bem capitalizada, dizem corretores, e acredita que a restrição da oferta, reforçada pela colheita menor na segunda safra de milho de 2017/18, em algum momento obrigará empresas consumidoras a aumentarem suas propostas”, explica Pacheco.

Em Mato Grosso do Sul, 48% das 6,7 milhões de toneladas de milho colhidas no Estado estão por comercializar, segundo levantamento da corretora Granos. “Eles acham que diminuindo a oferta vão forçar uma reação dos preços. Ainda estão bastante capitalizados e, se precisarem, vão comercializar a oleaginosa, cujos preços estão remuneradores, antes do milho”, comentou agente da empresa. 

Ainda segundo Pacheco, “os compradores que costumam adquirir cereal sul-mato-grossense têm previsão de receber bons volumes até o fim do ano, o que lhes dá fôlego para observar se o produto vai se desvalorizar mais ou voltar a subir. Também sabem que no início de 2019 tem a colheita do milho verão”.

Agrolink