Preço do milho é recorde com paralisações

De acordo com a T&F Consultoria Agroeconômica, as valorizações da saca de milho continuam e a média dos preços é recorde. “O motivador da vez é a greve dos caminhoneiros, que causa lentidão/bloqueios em boa parte das vias de escoamento do milho”, aponta o analista Luiz Fernando Pacheco.

“Como já era esperado os compradores se abasteciam de maneira crescente com milho tributado, dado a dificuldade em adquirir milho diferido. O fato garantia certo alívio e fôlego nas negociações de compra do diferido e, agora, preocupa boa parte dos consumidores de grãos. As indicações de cargas com origem em MS e MG posto em Campinas (SP), CIF e ICMS incluso, estão entre R$ 44,00/sc, mas não existe mais certeza de chegada”, comenta.
 
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) informou que “é de conhecimento nacional a crise enfrentada pela cadeia produtiva de proteína animal e impedir a continuidade da produção poderá gerar consequências graves e incalculáveis para as indústrias”. 

Ainda de acordo com Pacheco, com relação ao clima, outro fator altista presente no mercado, de maneira geral, o temor de geadas e de novas altas da taxa de câmbio permanecem em pauta, embora tenham perdido relativa força. Os modelos indicam que o clima mais frio dos últimos dias deve perder intensidade no decorrer desta semana. Os volumes de chuva, observados em praticamente todo Brasil Central, também devem perder vigor, configurando, assim, uma semana mais seca. 

“As lucratividades dos agricultores continuam elevadíssimas: mais de 50% nos estados de SC e MS, mais de 40% ou próximo disto no PR e no RS, quase 27% em SP e mais de 13% no MT. Já os custos de GO, BA e MG estão comprometidos, se forem considerados os custos totais (nem sempre os agricultores fazem isto, costumando considerar apenas os gastos diretos)”, conclui.

Agrolink