Negociação do milho Safrinha 2019 ganha ritmo

Com o gradual avanço do plantio da soja no Brasil e os preparativos para o cultivo do milho segunda safra, começa a ganhar força a comercialização antecipada da safrinha de 2019. Essa é a avaliação do analista da T&F Consultoria Agroeconômica, Luiz Fernando Pacheco.

“Produtores vêm aproveitando o dólar valorizado ante o real para travar os custos de produção do cereal, movimentando volumes maiores da safra futura do que do ciclo 2017/18. No spot, acordos são pontuais. Parte dos compradores está abastecida ou recebendo milho adquirido meses atrás, e vendedores, capitalizados, não têm urgência ou interesse de se desfazer, por preços mais baixos do que os de semanas atrás, dos lotes estocados”, comenta.

O indicador do milho Cepea/Esalq/BM&FBovespa desta quarta-feira fechou em R$ 39,53 a saca/60 quilos (-0,03%) e US$ 9,63/saca. Na B3, o contratos do cereal voltaram a cair, depois de 5 altas e sofreram tomadas de lucros. O novembro recuou 0,36%, para R$ 39,55/saca, e o janeiro de 2019 recuou 0,38%, para R$ 40,73/saca.

“No Paraná, o interesse de compra para a safrinha 2019 ressurgiu. Compradores indicavam R$ 38,50/saca para entrega em setembro do ano que vem no Porto de Paranaguá, com pagamento no mês seguinte, mesmos valores indicados na véspera, porém não havia notícia de ofertas. Para entrega em terminais ferroviários do norte do Estado, comprador falava em R$ 34/saca nos mesmos prazos, ante R$ 33,30 na segunda-feira, mas o valor mais alto não despertou interesse de venda”, aponta Pacheco. 

“No disponível paranaense o mercado estava mais esvaziado, com compradores detendo bons estoques após a oferta ter aumentado com a conclusão da colheita. Na região de Campo Verde, Primavera do Leste e Jaciara, em Mato Grosso, a comercialização antecipada da safrinha do ano que vem também está mais aquecida do que no spot”, conclui.

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