Milho sobe no mundo com preocupações por safras sul-americanas

Os volumes de milho negociados aumentaram 54,07% em Chicago, 82,44% em Londres, 154,36% em Rosário e 24,29% em São Paulo nesta segunda-feira (26.02). As cotações também aumentaram nos pregões de todas as principais Bolsas do Mundo, informa a Consultoria Trigo & Farinhas. 

Em Chicago o mercado do milho fechou em alta de 0,7% - nova alta em 6 meses para o primeiro mês negociado. De acordo com o analista da T&F, Luiz Fernando Pacheco, as cotações foram impulsionadas pelo bom volume de exportações semanais do cereak norte-americano, que registraram 1,31 milhão de toneladas, contra 0,94 milhão de toneladas da semana anterior. 

“As razões são os problemas climáticos que o milho enfrenta na América do Sul: no Brasil aumenta a preocupação sobre a 2ª safra (de verão) diante do excesso de chuvas, que está danificando a qualidade de parte da safra. O atraso na colheita da soja está empurrando o plantio da safra de verão além do período normal e pode causar danos mais para a frente. O Brasil é o segundo maior exportador mundial de milho”, comenta Pacheco.

Além disso, ele afirma que existe a maior preocupação do mercado com a seca na Argentina, com impacto potencial nas safras de soja e de milho, afetando também o fornecimento mundial de farelo de soja, do qual o país é o maior exportador mundial: “A Argentina precisa urgentemente de umidade em grande escala, sob pena de a produção de grãos de verão do país diminuir drasticamente. Alguns analistas privados já acreditam que a produção de soja será menor do que 40MT e a de milho, menor do que 31MT, contra as previsões do USDA de 54MT e 39MT, respectivamente”. 

Agrolink