Milho: Mercado dá continuidade ao movimento positivo e inicia a semana com leves ganhos em Chicago

As cotações futuras do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) iniciaram a sessão desta segunda-feira (30) em campo positivo. As principais posições da commodity exibiam altas entre 2,75 e 3,25 pontos, por volta das 8h04 (horário de Brasília). O vencimento setembro/18 era cotado a US$ 3,65 por bushel, enquanto o dezembro/18 operava a US$ 3,79 por bushel.

O mercado dá continuidade ao movimento positivo da semana anterior, quando as cotações acumularam valorizações de mais de 2%. As notícias vindas do lado da demanda têm dado sustentação aos preços do cereal no mercado internacional.

Ainda hoje, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reporta seu novo boletim de embarques semanais. O número é um importante indicador de demanda e pode influenciar o andamento das negociações em Chicago.

Outro fator que também que segue no radar dos investidores é o andamento da safra americana. Nesta segunda-feira, o departamento americano divulga o relatório de acompanhamento de safras. Até a semana anterior, cerca de 72% das lavouras apresentavam boas ou excelentes condições.

Veja como fechou o mercado na última sexta-feira:

Milho: Com foco na demanda e na safra dos EUA, mercado sobe quase 2% na semana em Chicago

Novamente, a semana foi positiva aos preços do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais posições da commodity acumularam valorizações entre 1,58% e 1,97%, conforme de acordo levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas.

Nesta sexta-feira (27), os vencimentos do cereal exibiram ligeiras valorizações, de 0,50 pontos. O vencimento setembro/18 era cotado a US$ 3,62 por bushel, enquanto o dezembro/18 operava a US$ 3,76 por bushel. O março/19 finalizou o dia a US$ 3,86 por bushel.

Apesar da tentativa de realização de lucros depois das recentes valorizações, as notícias vindas do lado da demanda ainda dão suporte aos preços. Ainda nesta sexta-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) anunciou a venda de 270 mil toneladas de milho para destinos desconhecidos. O volume deverá ser entregue ao longo da campanha 2018/19.

Segundo informações do analista de mercado do portal Farm Futures, Bryce Knorr, as informações vindas do lado da demanda ainda fornecem apoio aos preços do cereal. As vendas semanais ficaram em 1,086 milhão de toneladas, na semana encerrada no dia 19 de julho.

Da safra velha, as vendas somaram 338,5 mil toneladas e, da safra nova, 747,5 mil toneladas. O volume ficou dentro das apostas dos investidores entre 700 mil a 1,5 milhão de toneladas.

Paralelamente, as atenções dos investidores permanecem voltadas ao comportamento do clima no Meio-Oeste. Os mapas do NOAA - Serviço Oficial de Meteorologia do país -, indicam chuvas abaixo da média entre os dias 1 a 5 de agosto. No mesmo período, as temperaturas deverão ficar mais baixas no Meio-Oeste.

Grande parte das lavouras está em fase de polinização, uma das mais importantes para a cultura do cereal. E, até o último domingo, em torno de 72% das lavouras apresentavam boas ou excelentes condições.

Ainda essa semana, o mercado encontrou suporte na alta do trigo e também nas preocupações com a safra na Europa. As lavouras de trigo e milho estão sofrendo com a estiagem em vários países da Europa Central e do Leste Europeu.

Mercado interno

A sexta-feira foi de ligeiras movimentações aos preços do milho no mercado doméstico. Em Sorriso (MT), a queda ficou em 5,26%, com a saca do cereal a R$ 18,00. Já no Paraná, nas praças de Ubiratã e Cascavel, a alta ficou em 3,28%, com a saca do grão a R$ 31,50.

Ainda no estado, em Pato Branco, a saca subiu 3,11% e finalizou o dia a R$ 33,20. Em Assis (SP), a alta foi de 1,56%, com a saca a R$ 32,50. No Oeste da Bahia, a valorização ficou em 0,80% e a saca de milho a R$ 31,50.

Os analistas destacam que as atenções permanecem voltadas ao avanço da colheita do milho safrinha no país e a confirmação das perdas nos campos. De acordo com levantamento realizado pela AgRural, cerca de 49% da área plantada no centro-sul já foi colhida.

A colheita ainda caminha mais lenta em relação ao ano anterior, quando nesse período em torno de 63% da safra já tinha sido colhida. A média dos últimos cinco anos é de 55% para o período.

Essa semana, o Deral (Departamento de Economia Rural) revisou para baixo, para 9,2 milhões de toneladas a safrinha de milho no Paraná. O número representa uma queda de 30%, quando os produtores colheram 13,2 milhões de toneladas.

Em Minas Gerais, a falta de chuvas no pendoamento das lavouras também afetou a produtividade nesta temporada. Na região de Jataí (GO), a colheita já está na reta final e a expectativa é de uma perda de 10% na produção nesta safra.

"A colheita da safrinha terminou esta semana ainda com disparidade entre as regiões do Centro-Oeste e do Sul do país. Isto combinado com a cautela com o cenário político e o dólar tem travado os negócios", destacou a Radar Investimentos em seu comentário diário.

Dólar

A moeda norte-americana encerrou o dia a R$ 3,7179 na venda, com queda de 0,77%. "O dólar caiu frente ao real nesta sexta-feira, acompanhando o movimento no mercado externo após os dados econômicos dos EUA consolidarem a perspectiva de aumento gradual dos juros na maior economia do mundo, e também com os investidores mais otimistas com a cena eleitoral brasileira", reportou a Reuters.

Portal do Agronegocio