Milho: Lucro pode chegar a 40% na nova safra

Pela terceira sessão consecutiva, as cotações da B3 voltaram a fechar em forte queda nesta terça-feira (12.06) em todos os seus meses. Os fechamentos registraram perdas entre 1,49% para o contrato de julho (2018) até 0,08% para o contrato de setembro de 2019, mas com percentuais crescendo novamente para a safra nova, informa a T&F Consultoria Agroeconômica. 

De acordo com o analista Luiz Fernando Pacheco, as razões são duas: A primeira é a retração das exportações de carnes que, por tabela, reduz a demanda de milho. A segunda é a entrada da popularmente chamada “safrinha”, que deverá ocorrer ainda este mês de junho. 

“Assim, continuamos a chamar atenção para as cotações de 2019 para janeiro, quando começa a ser colhida a nova safra de verão e Março/19. Estes são excelentes preços para serem fixados hoje no mercado futuro da B3, para aqueles meses, que trazem embutidos lucros de aproximadamente 40%, que provavelmente não existirão no primeiro trimestre de 2019. Então, nossa recomendação é aproveitá-los agora para a fixação desta excelente lucratividade”, diz Pacheco.
 
CHICAGO 

Na Bolsa de Chicago, a cotação de julho fechou em forte alta de 10,25 cents/bushel a $ 377,5, diante do relatório de Oferta & Demanda do USDA, que foi favorável aos preços do milho. Os estoques finais do milho nos EUA para a temporada 2018/19 foram projetados em 40,06MT, contra a média das expectativas do mercado que era de 42,24MT, entre as faixas de 37,95MT e 45,47MT e uma expectativa do relatório de maio do USDA de 42,72MT.

Já os estoques mundiais de milho da safra 2018/19 ficaram em 87,02MT, contra a média das espectativas de 86,74MT, entre as faixas de 83,50MT e 92,10MT e a expectativa do relatório de maio de 86,70MT. Para a América do Sul, a produção da Argentina foi projetada em 33MT e a do Brasil em 85MT.

Agrolink