Milho: Focado na safra dos EUA e na China, mercado inicia semana em campo positivo em Chicago

As cotações futuras do milho iniciaram a sessão desta segunda-feira (21) em campo positivo na Bolsa de Chicago (CBOT). Perto das 8h55 (horário de Brasília), as principais posições da commodity exibiam valorizações entre 2,50 e 2,75 pontos. O vencimento julho/18 era cotado a US$ 4,05 por bushel, enquanto o setembro/18 operava a US$ 4,13 por bushel.

De acordo com informações das agências internacionais, as cotações acompanham a forte valorização registrada nos preços da soja. Além disso, a decisão da China em retirar as tarifas para importação de sorgo dos EUA também continua dando suporte aos preços do cereal.

Outro fator que também permanece no radar dos investidores é o andamento do plantio da nova safra norte-americana. Até a semana passada, cerca de 62% da área prevista havia sido plantada. O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) atualiza as informações no final da tarde de hoje.

O órgão também divulga o relatório semanal de embarques nesta segunda-feira. O número é um importante indicador de demanda e pode influenciar o andamento das negociações.

Veja como fechou o mercado na última sexta-feira:

Milho: mercado sobe mais de 1% na semana na CBOT com foco na safra dos EUA e demanda maior

Na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros do milho acumularam valorizações entre 1,18% e 1,51% na semana, de acordo com levantamento do economista do Notícias Agrícolas, André Lopes. A sessão desta sexta-feira (18) também foi positiva aos contratos do cereal, que subiram mais de 7 pontos.

Os vencimentos da commodity ampliaram os ganhos e finalizaram o pregão com altas entre 1,54% e 1,86%. O vencimento julho/18 era cotado a US$ 4,02 por bushel, o setembro/18 trabalhava a US$ 4,11 por bushel e dezembro/18 a US$ 4,20 por bushel.

De acordo com as agências internacionais, as informações de que a China acabou com as penalidades contra as importações de sorgo dos Estados Unidos, impostas nos início do ano, deram suporte aos preços. "Embora o sorgo seja um mercado pequeno, o movimento deu esperança de que as vendas de outras commodities melhorarão, embora não esteja claro se o progresso real está sendo feito nas negociações comerciais", destacou a Farm Futures.

O site internacional ainda destacou que, "os preços do milho estão mais altos, ganhando impulso durante a noite a partir das notícias sobre o sorgo. Embora a China não tenha importado muito milho dos EUA nos últimos anos após a repressão aos transgênicos, espera-se que seus estoques caiam este ano devido à queda na produção e ao crescente setor de etanol".

"Todo o complexo está sendo apoiado pela ideia de que a China está demonstrando alguma flexibilidade e conversando sobre uma potencial grande barganha", disse Jim Gerlach, presidente da A / C Trading, sediada em Indiana, em entrevista à Reuters internacional.

Paralelamente, a safra norte-americana também está no radar dos investidores. Os mapas climáticos indicam chuvas no Meio-Oeste nos próximos dias, cenário que pode paralisar a semeadura do cereal.

"Chuvas fortes em partes das planícies do norte dos EUA e no oeste do Meio-Oeste irão atrasar ainda mais as plantações de primavera, enquanto anomalias secas desfavoráveis persistem nas Planícies do sul dos EUA", disse a Thomson Reuters Weather Research em uma nota.

Até o momento, pouco mais de 62% da área prevista para essa temporada já foi cultivada, segundo dados do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). As informações serão atualizadas na próxima segunda-feira.

Mercado brasileiro

A semana também foi positiva aos preços do milho praticados no mercado doméstico. No Paraná, nas praças de Ubiratã, Londrina e Cascavel, a alta ficou em 3,23%, com a saca do cereal a R$ 32,00.

Ainda no estado paranaense, na localidade de Castro e em Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, os preços subiram 3,03% e a saca fechou a semana a R$ 34,00. Na região de Palma Sola (SC), o ganho foi de 2,94%, com a saca de milho a R$ 35,00.

Em Sorriso (MT), a saca de milho apresentou alta de 6,25% e encerrou a semana a R$ 17,00. Já no Porto de Paranaguá, a alta foi de 1,25%, com a saca a R$ 40,50.

As atenções dos participantes do mercado permanecem voltadas ao clima no Brasil. Apesar do retorno das chuvas em muitas regiões produtoras, o sentimento é de redução na produção de milho safrinha devido às intempéries climáticas.

E, com a chegada de uma nova frente fria há preocupações com a possibilidade geadas. Conforme dados do Inmet, a geada está confirmada na madrugada de segunda-feira (21) e pode atingir o milho safrinha no Paraná.

Ainda nesta sexta-feira, a Safras & Mercado estimou uma redução de 27,6% na produção de milho safrinha. A perspectiva é que sejam colhidas 48,76 milhões de toneladas, frente as 67,36 milhões de toneladas colhidas no ciclo anterior.

Dólar

Enquanto isso, a moeda norte-americana encerrou a sexta-feira a R$ 3,7396 na venda, com alta de 1,04%. Na semana, o câmbio subiu mais de 3,85%, segundo levantamento da Reuters.

"A moeda assumiu ovos patamares nesta sexta-feira, perto de 3,75 reais e renovando os maiores níveis em mais de dois anos, com os investidores acompanhando o movimento da moeda ante divisas de países emergentes", destacou a Reuters.

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