Meteorologista duvida de melhoras na Argentina

Os olhos do mercado continuam postos na América do Sul. Os mercados de grãos têm reagido à seca na Argentina. Para o meteorologista da empresa norte-americana Commodity Weather Group David Streit, as condições no país vizinho não devem melhorar. “Não há muito espaço para melhora a este ponto”, disse.

“Na Argentina, continua faltando umidade para o desenvolvimento do milho e da soja em quase dois terços do cinturão produtivo. O estresse hídrico está definitivamente acontecendo e destruindo o potencial produtivo dos cultivos ao passo que estamos entrando no momento mais crítico do desenvolvimento. De fato, com atividade de chuvas limitadas na semana que vem, nós veremos esse tipo de estresse continuar”, explica Streit.

“Há alguma chance de mais chuvas na semana seguinte no Oeste da principal região produtiva, mas provavelmente será um pouco tarde para ajudar o milho. Pode ajudar um pouco a soja que está crescendo. Mas estamos ficando um pouco tarde para uma mudança significativa neste e honestamente, pode ocorre uma ducha na semana que vem, mas não haverá muita chuva depois disso”.

O Serviço Meteorológico Nacional da Argentina reportou que as chances de chuva para a primeira semana de Março são as mais altas. A chuva potencial é de acordo com a precipitação média para a época. As altas temperaturas também devem contribuir com maior estresse dos cultivos nos próximos dias. Especialistas dizem que a seca no país vizinho é explicada pelo fenômeno meteorológico La Niña e já é a pior dos últimos 44 anos.

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